terça-feira, 25 de outubro de 2016

Charles Lyell


Charles Lyell (1797-1875)


     Charles Lyell nasceu em Kinnordy, Forfarshire, na Escócia, em 14 de novembro de 1797. De família rica, logo demonstrou interesse pela zoologia, objeto de suas primeiras pesquisas. Aos 19 anos ingressou na Universidade de Oxford e depois estudou direito em Londres. Em 1823, conheceu em Paris os naturalistas Alexander von Humboldt e Georges Cuvier e fez suas primeiras expedições geológicas. Em 1825, começou a exercer a advocacia, mas o desejo de demonstrar que as mudanças geológicas se deviam a causas naturais fez com que abandonasse a profissão para viajar.Na França e na Itália observou fenômenos que confirmavam a tese. Em 1830, publicou o primeiro volume de Principles of Geology (Princípios de geologia).Sua segunda obra, Elements of Geology (1838; Elementos de geologia), contém uma ampla descrição de rochas e fósseis europeus.
      Na construção da história do planeta, eram empregados fósseis de seres vivos extintos, e era crescente seu uso para datações e correlações de terrenos, Mas havia uma questão de como e quando esses animais e plantas desapareceram, dois padrões de explicações se desenvolveram então: um que defendia o desaparecimento por meio de mudanças abruptas sucessivas, denominadas “revoluções do globo”, conhecido também por “Catastrofismo”; e outro que alegava que o método de investigação mais adequado deveria explicar o passado da Terra em termos de causas de mesmo tipo e intensidade do que as atualmente existentes, sem especulações. Em razão da proposta de ação uniforme e constante das forças terrestres, ficou conhecido como “Uniformitarismo” ,defendida pelo geólogo britânico.
Popularizou-se o conceito de que a configuração da Terra se deve a processos físicos, químicos e biológicos desenvolvidos durante longos períodos e não a acontecimentos catastróficos e repentinos. Lyell também influenciou Darwin principalmente pela teoria Uniformitarista,durante toda a vida Lyell defendeu incessantemente Darwin das enumeras críticas. Em 1863, escreveu A Evidência Geológica da Antiguidade do Homem, onde questiona as teorias fixistas e a história tradicional da criação e demonstra que o ser humano surgiu na Terra muito antes do que se achava possível, junto com animais fossilizados. Se Darwin seguisse as bases do Catastrofismo, toda sua explicação evolutiva não teria sentido.


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