Charles Lyell (1797-1875)
Charles Lyell nasceu em Kinnordy, Forfarshire,
na Escócia, em 14 de novembro de 1797. De família rica, logo demonstrou
interesse pela zoologia, objeto de suas primeiras pesquisas. Aos 19 anos
ingressou na Universidade de Oxford e depois estudou direito em Londres. Em
1823, conheceu em Paris os naturalistas Alexander von Humboldt e Georges Cuvier
e fez suas primeiras expedições geológicas. Em 1825, começou a exercer a advocacia, mas o
desejo de demonstrar que as mudanças geológicas se deviam a causas naturais fez
com que abandonasse a profissão para viajar.Na França e na Itália observou
fenômenos que confirmavam a tese. Em 1830, publicou o primeiro volume de
Principles of Geology (Princípios de geologia).Sua segunda obra, Elements of
Geology (1838; Elementos de geologia), contém uma ampla descrição de rochas e
fósseis europeus.
Na construção da história do planeta, eram empregados
fósseis de seres vivos extintos, e era crescente seu uso para datações e
correlações de terrenos, Mas havia uma questão de como e quando esses animais e
plantas desapareceram, dois padrões de explicações se desenvolveram então: um que
defendia o desaparecimento por meio de mudanças abruptas sucessivas,
denominadas “revoluções do globo”, conhecido também por “Catastrofismo”; e
outro que alegava que o método de investigação mais adequado deveria explicar o
passado da Terra em termos de causas de mesmo tipo e intensidade do que as
atualmente existentes, sem especulações. Em razão da proposta de ação uniforme
e constante das forças terrestres, ficou conhecido como “Uniformitarismo” ,defendida
pelo geólogo britânico.
Popularizou-se o conceito de que a configuração
da Terra se deve a processos físicos, químicos e biológicos desenvolvidos
durante longos períodos e não a acontecimentos catastróficos e repentinos. Lyell também influenciou Darwin principalmente pela teoria
Uniformitarista,durante toda a vida Lyell defendeu incessantemente Darwin das
enumeras críticas. Em 1863, escreveu A
Evidência Geológica da Antiguidade do Homem, onde questiona as
teorias fixistas e a história tradicional da criação e demonstra que o ser
humano surgiu na Terra muito antes do que se achava possível, junto com animais
fossilizados. Se Darwin seguisse as bases do Catastrofismo, toda sua explicação
evolutiva não teria sentido.
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