terça-feira, 25 de outubro de 2016

Wallace no Brasil


     Wallace tinha um grande interesse em "conhecer os trópicos e mudar sua vida", portanto organizou seus negócios para concretizar esse seu desejo. Entrou em contato com Edward Doubleday, entomologista do museu britânico, que o incentivou a viajar para a região Amazônica, por haver um meio de recuperar seus gastos com a viagem vendendo espécies encontradas para colecionadores ingleses. Wallace decide viajar no inicio de 1948, como coletor de espécies.
Convidou seu amigo Bates,que aceitou e decidiram viajar para a Amazônia. Para financiar essa viagem, se propuseram a vender diversas duplicatas das espécimes encontradas para colecionadores ingleses, mantendo uma coleção para estudarem posteriormente.


Viagem para a Amâzonia

Nos dois primeiros anos, Wallace e Bates trabalharam na região do Rio Amazonas entre Belém e Santarém, incluindo o Rio Tocantins. Durante esse período coletaram cerca de 1300 espécies de insetos, principalmente besouros e borboletas. Após esse período decidiram trabalhar separadamente com o intuito de ampliar a área de coleta, Bates foi explorar o Rio Negro e Wallace decidiu subir o Rio Solimões.
Wallace permanece no Brasil nos anos de 1848 à 1852, durante esse período coletou, estudou, desenhou e investigou os hábitos, morfologia e distribuição territorial de diversas espécies. Isso contribui para que ele se tornasse um exímio colecionador, coletor e observador.

As viagens no Rio Amazonas e Negro

      Wallace sobe duas vezes o Rio Negro, sua primeira viagem durou mais de um ano. A grande diversidade de espécies de aves, macacos, borboletas, peixes e palmeiras encontrada ao longo do Rio Uaupés, o impressionou muito. Wallace relacionou o clima como um fator que favorecia a paisagem da região.
      Chegou as nascentes dos rios Negro e Orenoco, na Venezuela e pelo Rio Uaupés, também chegou até a Colômbia. Wallace desenhou o mapa dos Rios Negro e Uaupés com a utilização de um sextante e pelas anotações que conseguiu coletar de temperaturas e ebulição de água em diferentes locais dos Rios.O mapa inclui informações sobre as características da paisagem ao longo dos rios, a posição das cachoeiras e tribos indígenas, e as localidades pelas quais passou.
      Nos quatro anos em que permaneceu na região Amazônica, Wallace descreveu e desenhou cerca de 180 espécies de peixes e 50 de palmeiras, com anotações criteriosas sobre seus hábitats e hábitos de vida.
      Na viagem de volta à Inglaterra em julho de 1852, o navio em que estava incendiou-se e ele acabara perdendo sua coleção biológica, salvaram-se apenas seu diário e alguns desenhos de peixes e palmeiras.
Assim que chegou a Inglaterra Wallace publica o livro "A narrative of Travels on the Amazon and Rio Negro", que conta sobre suas experiências e aventuras ao longo dos Rios Amazônicos. Logo após, publica diversos artigos a respeito dos hábitos de muitos animais, características botânicas, distribuição geográficas desses seres vivos, e a geologia da região Amazônica.

Fonte: 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81133/tde-13042015-144132/pt-br.php

Dissertação de mestrado, Rosa Andrea Lopes de Souza.

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